sábado, 31 de agosto de 2013

EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA AUMENTA RENDIMENTO DOS ALUNOS



Uma pesquisa recém-publicada pela revista Neuroscience revela que a educação física na escola influencia de maneira positiva o desempenho acadêmico dos alunos. Crianças de 9 anos de idade foram submetidos a uma série de testes cognitivos com o objetivo de avaliar a capacidade de atenção após vinte minutos de repouso. No dia seguinte, as crianças passaram pelos mesmos testes após uma sessão de vinte minutos de caminhada na esteira. O desempenho cognitivo dos alunos foi significativamente melhor quando testados após o exercício físico, acompanhado também por melhores medidas neurofisiológicas que refletem a capacidade de atenção.
Além disso, os pesquisadores realizaram testes do conteúdo aprendido em sala de aula, com foco em matemática, escrita e interpretação de texto. Os acertos foram maiores após a prática de atividade física, especialmente no teste de interpretação de texto. Um dos autores do estudo, Darla Castelli da Universidade de Illinois, recomenda que estudantes do ensino fundamental realizem pelo menos 150 minutos de atividade física durante a semana e 225 minutos no caso de estudantes do ensino médio. A pesquisadora recomenda ainda que os professores criem formas de integrar atividade física e conteúdo programático até mesmo dentro da sala de aula. Vale ressaltar também outros benefícios que a Educação Física proporciona, como equilíbrio psíquico e prevenção de doenças.

Por Jornalismo Portal da Educação Física

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NAS ESCOLAS

David Gallahue, doutor em Desenvolvimento Humano e Educação Especial, fala sobre a importância da disciplina nas escolas.
Muita gente acredita, ainda hoje, que as aulas de Educação Física Escolar são apenas um momento de lazer e desconcentração nas escolas. E, por isso, não se dá a devida importância a essa que é uma disciplina essencial no currículo escolar, já que é responsável pelo desenvolvimento motor das crianças. Além disso, o exercício físico ainda é capaz de combater diversas doenças relacionadas ao sedentarismo, como obesidade, diabetes e problemas cardíacos. Deve, portanto, ser praticado sempre - na escola e em casa.
É isso o que diz o doutor em Desenvolvimento Humano e Educação Especial David Gallahue em suas palestras sobre a importância das aulas de Educação Física. "O desenvolvimento motor é parte de todo o comportamento humano. O desenvolvimento cognitivo, o desenvolvimento afetivo e o desenvolvimento motor estão relacionados", afirma o especialista, que é professor da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos.
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: ACOMPANHAMENTO CONSTANTE
Em sua opinião, “a escola é único lugar em que nós podemos garantir que todas as crianças terão um tempo dedicado à instrução. E as aulas de Educação Física na escola são diferentes do simples ato de brincar no quintal de casa porque elas são instrutivas. Ensinam como as crianças podem mover o corpo. É o único lugar onde elas estão sendo instruídas o tempo inteiro. Inclusive o ideal seria que as crianças tivessem mais do que apenas uma ou duas aulas de Educação Física na escola por semana. O ideal seriam três vezes, mesmo que por um período mais curto - em vez de ter período de 50, 60 minutos, poderiam ter três períodos de meia hora. Isso faria com que as crianças se mexessem mais e o exercício físico se tornaria parte da vida delas. O professor de Educação Física na escola é uma pessoa extremamente importante na comunidade escolar”, completa.
Escrito por educarparacrescer
Fonte: http://www.educacaofisica.com.br

domingo, 26 de agosto de 2012

EXERCÍCIOS FÍSICOS E A BAIXA UMIDADE DO AR: Dicas


 

O período de inverno é conhecido por potencializar várias doenças típicas da época, como gripes e alergias. Porém, outro fator vem preocupando as entidades de saúde: a falta de umidade do ar. Nas primeiras semanas de agosto, Brasília chegou a registrar um nível de umidade comparável ao deserto do Saara, com 10% de umidade relativa do ar. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um nível considerado aceitável deve estar acima dos 30%.
 Em outras regiões, a baixa umidade também causa desconforto, mas algumas atitudes podem ajudar a diminuir os problemas causados pela falta de chuva. Segundo o Ministério da Saúde, a baixa umidade requer cuidados, principalmente com as pessoas que já têm ou tiveram sintomas de doenças do aparelho respiratório.
          De acordo com a pneumologista Valéria Martins do Hospital São Luiz de São Paulo, os cuidados com a saúde começam sempre com uma boa hidratação e alimentação saudável. "Antes de qualquer coisa, é sempre importante a pessoa assumir uma alimentação saudável e se hidratar bastante. Além disso, quando estiver em casa, deixar o ambiente livre para a circulação de ar, bem limpo e sem a presença de objetos que acumulem poeira, como cortinas, carpetes e bichos de pelúcia", disse a médica (...). 

ALIMENTAÇÃO

 De acordo com a nutricionista Ana Paula Souza, é fundamental o consumo de líquidos para evitar a desidratação durante os períodos de seca. "Eu sempre recomendo que as pessoas bebam bastante água, mesmo sem sentir sede, pois quando a boca está seca já significa que começou o processo de desidratação", disse.
          Além disso, o consumo de alimentos saudáveis e ricos em líquidos ajuda quando o assunto é hidratação. "É importante consumir saladas e frutas da época como abacaxi, melão e melancia, que são ótimos hidratantes naturais", falou a médica, que ainda fez um alerta para outras bebidas que podem ser menos benéficas.
 
"Não oriento as pessoas a consumirem muito chá, refrigerantes ou café, pois estas bebidas são diuréticas e não são tão eficazes para combater a desidratação", avaliou.

          Para substituir estas bebidas, é indicado o consumo de suco de frutas, principalmente os naturais.

Exercícios físicos

Nesta época do ano, a prática de atividades físicas sem controle pode ocasionar problemas graves de saúde, como forte desidratação. A pneumologista Valéria Martins recomenda a seus pacientes que as atividades físicas sejam realizadas em horários específicos. "A pessoa deve fazer os exercícios em horários que a umidade não esteja tão baixa, evitando o período entre meio-dia e seis da tarde", disse.
         Já a nutricionista Ana Paula Souza recomenda o consumo de água antes da prática de qualquer exercício. "Sempre que for fazer atividade física, procurar tomar um ou dois copos de água, para já ficar bem hidratado. Durante e após a prática, o consumo de líquido também é recomendado", completou.
Fonte: http://saude.terra.com.br/bem-estar/

domingo, 19 de agosto de 2012

Considerações Iniciais:


Este "espaço" foi criado com a finalidade de reunir e divulgar informações sobre a Educação Física Escolar. A mesma pode ser definida como uma prática pedagógica que trata de atividades expressivas corporais, denominada de cultura corporal. Considerando a Educação Física como parte da cultura humana. Ou seja, ela se constitui numa área de conhecimento que estuda e atua sobre um conjunto de práticas ligadas ao corpo e ao movimento criado pelo homem ao longo de sua história através dos: Esportes, Jogos e Brincadeiras, Lutas, Ginásticas, Danças e outras práticas corporais.
 Dentre os objetivos da Educação Física Escolar a mesma visa propiciar melhores condições para o desenvolvimento das dimensões cognitivas, afetivo-social e motora dos educandos, oferecendo-lhes diferentes situações onde possam explorar os diversos movimentos corporais.

CONHECENDO A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA


O papel da Educação Física na Educação Básica passou nas últimas décadas por grandes mudanças. Inicialmente eram valorizadas a aptidão física e a mera prática. Essa concepção foi validada pelo decreto lei no 69.450, de 1971, que atribuía à Educação Física a tarefa de desenvolver a aptidão física dos alunos. Uma mudança mais radical desse papel da Educação Física aconteceu somente com mais uma alteração na legislação, dessa vez com a nova LDB, Lei no 9.394/96, e em consequência da formulação dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais, 2001) para todas as disciplinas escolares, inclusive a Educação Física. Essas mudanças aconteceram nos finais da década de 90. Os PCNs de Educação Física, embora bastante questionados pelos profissionais da área, pertencentes a um grupo chamado de pensamento renovador em Educação Física, surgido nos finais da década de 80, trouxeram uma série de mudanças tanto em conteúdos como nas metodologias de ensino. Com isso começa a valorização da Educação Física como componente curricular, objetivando não mais apenas a aptidão física dos alunos, mas principalmente oferecer-lhes oportunidades de experimentar, conhecer e apreciar diferentes formas das práticas da cultura do movimento.
É necessário acrescentar que especialmente a partir da década de 70 o esporte passa a ser fator determinante das aulas de Educação Física. A formação profissional, já desde a década de 60, é fortemente marcada pela presença do esporte. Professores eram formados para serem essencialmente técnicos esportivos, e a clientela dessa formação profissional era majoritariamente composta por ex ou ainda atletas.
Assim, pode-se dizer que aconteceram nessa trajetória histórica dois períodos bem distintos na valorização e entendimento sobre conteúdos e metodologias em Educação Física. Um desses períodos pode ser identificado como da evidência e inquestionabilidade, em que o esporte, como já dito, era fator determinante. A tarefa do profissional da Educação Física era ensinar os esportes e, se possível, treinar alunos(as) para as modalidades esportivas, formando equipes e atletas para as disputas em nível escolar ou extra escolar.
O profissional formado para essa finalidade não via a necessidade de questionar essa sua tarefa profissional e muito menos o esporte. Tudo era muito evidente e inquestionável. O outro período, que começa com a década de 80, pode ser identificado como da crítica. A saída da ditadura militar nessa década permitiu a formulação de novas ideias e especialmente questionar ideias antigas. A Educação e a Educação Física participaram ativamente desse processo. Ficou instalado, assim, o que alguns teóricos da área vieram a chamar de a “crise da Educação Física brasileira”. Saliente-se que não apenas a Educação Física escolar foi alvo de crítica e de “crise”, mas toda a área.

FONTE: CURSO DE PEDAGOGIA-EaD-UFPR – Módulo: Conteúdo, Metodologia e Avaliação do Ensino de Educação Física. Elenor Kunz & Palmira Sevegnani – 2011.

O CONHECIMENTO DE QUE TRATA A EDUCAÇÃO FÍSICA


A Educação Física é uma disciplina que trata, pedagogicamente, na escola, do conhecimento de uma área denominada aqui de Cultura Corporal. Ela será configurada com temas ou formas de atividades, particularmente corporais, como já destacada: esporte, jogo, ginástica, dança, luta ou outras, que constituirão seu conteúdo. O estudo desse conhecimento visa apreender a expressão corporal como linguagem.
O homem se apropria da cultura corporal dispondo sua intencionalidade para o lúdico, o artístico, o agonístico, o estético ou outros, que são represen­tações, ideias, conceitos produzidos pela consciência social e que chamare­mos de "significações objetivas". Em face delas, ele desenvolve um "sentido pessoal" que exprime sua subjetividade e relaciona as significações objetivas com a realidade da sua própria vida, do seu mundo e das suas motivações.
Segundo Leontiev (1981), as significações não são eleitas pelo homem, elas penetram as relações com as pessoas que formam sua esfera de comunica­ções reais. Isso quer dizer que o aluno atribui um sentido próprio às atividades que o professor lhe propõe. Mas essas atividades têm uma significação dada socialmente, e nem sempre coincide com a expectativa do aluno.
Por exemplo, o professor vê no basquete um evento, mais do que lúdico, de luta entre duas equipes, das quais uma será naturalmente a ganhadora. A equipe que ganha o faz porque é mais forte, mais hábil, tem mais garra, mais técnica etc. Por esse motivo, para o professor, driblar, correr, passar, fintar etc. devem ser executados sem erros. Isso justifica sua ênfase no treinamento des­sas técnicas. Ele dá ao jogo um sentido quase de um trabalho a ser executado com perfeição em todas as suas partes para obter o sucesso ou prêmio, que até pode ser um salário.
Entretanto, para o aluno, o que ele deve fazer para jogar - como driblar, correr, passar e fintar - é apenas um meio para atingir algo para si mesmo, como, por exemplo, prazer, autoestima etc. O seu sentido pessoal do jogo tem relação com a realidade de sua própria vida, com suas motivações.
Por essas considerações podemos dizer que os temas da cultura corporal, tratados na escola, expressam um sentido/significado onde se interpenetram, dialeticamente, a intencionalidade/objetivos do homem e as intenções/obje­tivos da sociedade. Tratar desse sentido/significado abrange a compreensão das relações de interdependência que jogo, esporte, ginástica e dança, ou outros temas que venham a compor um programa de Educação Física, têm com os grandes pro­blemas sociopolíticos atuais, como ecologia, papéis sexuais, saúde pública, relações sociais do trabalho, preconceitos sociais, raciais, da deficiência, da velhice, distribuição do solo urbano, distribuição da renda, dívida externa e outros.
A reflexão sobre esses problemas é necessária se existe a pretensão de possibilitar ao aluno da escola pública entender a realidade social interpretando-a e explicando-a a partir dos seus interesses de classe social. Isso quer dizer que cabe à escola promover a apreensão da prática social. Portanto, os conteúdos devem ser buscados dentro dela.



Fonte: Metodologia de ensino de educação física. Lino Castellani Filho, 2ª ed.rev., São Paulo. Cortez, 2009.

OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA EDUCAÇÃO BÁSICA


ENSINO FUNDAMENTAL:

Espera-se que ao final do ensino fundamental os alunos sejam capazes de:

• Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais;

• Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de violência;

• Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso valioso para a integração entre pessoas e entre diferentes grupos sociais;

• Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde e de recuperação, manutenção e melhoria da saúde coletiva;
• Solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos, regulando e dosando o esforço em um nível compatível com as possibilidades, considerando que o aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competências corporais decorrem de perseverança e regularidade e devem ocorrer de modo saudável e equilibrado;

• Reconhecer condições de trabalho que comprometam os processos de crescimento e desenvolvimento, não as aceitando para si nem para os outros, reivindicando condições de vida dignas;

• Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal que existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia e evitando o consumismo e o preconceito;

• Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como reivindicar locais adequados para promover atividades corporais de lazer, reconhecendo-as como uma necessidade básica do ser humano e um direito do cidadão.

ENSINO MÉDIO:

Espera-se que no decorrer do Ensino Médios os alunos sejam capazes de:

·     Compreender o funcionamento do organismo humano, de forma a reconhecer e a modificar as atividades corporais, valorizando-as como recurso para melhoria de suas aptidões físicas;

·     Desenvolver as noções conceituais de esforços, intensidade e frequência, aplicando-as em suas práticas corporais;

·     Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz de discerni-las e reinterpretá-las em bases científicas, adotando uma postura autônoma na seleção de atividades e procedimentos para a manutenção ou aquisição da saúde;

·     Assumir uma postura ativa, na prática das atividades físicas, e consciente da importância delas na vida do cidadão.

Fonte: Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física – 1997 e 2.000.